Cristovam afirma que falar em impeachment não pode causar arrepios 
“Eu
 não acho que a palavra impeachment deva causar arrepios. O que causa 
arrepio é estar na boca do povo, e silenciá-lo é que seria golpismo”, 
disse o senador Cristovam Buarque 
O ex-ministro da Educação no governo Lula, Cristovam Buarque
 (PDT), afirmou nesta segunda-feira, 9, que o impeachment da presidente 
Dilma Rousseff (PT) está “na boca do povo”. ”Eu não acho que a palavra 
impeachment deva causar arrepios. O que causa arrepio é estar na boca do
 povo, e silenciá-lo é que seria golpismo”, disse.
O
 senador cujo partido faz parte da base aliada do governo, fez a 
declaração para reforçar a fala do líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha
 Lima (PB), que defendeu na tribuna da Casa que falar sobre o 
impeachment da presidente não pode ser considerado “golpismo” nem causar
 “arrepios” nos petistas. Segundo o senador, apesar de esse não ser esse
 o caminho que o PSDB quer trilhar, as pessoas têm falado cada vez mais 
no assunto.
“Não
 se pode falar em golpismo quando se fala em impeachment. A palavra 
impeachment está escrita Constituição. Portanto, ao pronunciar a palavra
 impeachment, não se pode produzir arrepios. Não é esse o caminho que 
queremos trilhar. Mas quem fala isso e fala cada vez mais alto é o povo 
brasileiro”, afirmou.
Coube
 ao senador petista Lindbergh Farias (RJ) rebater as manifestações.Ele 
afirmou ser “precipitado” falar sobre o assunto e disse que o PSDB 
deveria aceitar a derrota sofrida nas urnas no ano passado. “Eu defendi o
 impeachment de (Fernando) Collor porque havia fatos concretos. Agora 
não há nada. Vocês é que são maus perdedores. Falar em impeachment 
depois de um processo eleitoral democrático é golpismo.”
A
 fala do senador tucano, reforçada por Cristovam Buarque, ocorre dois 
dias após a divulgação da última pesquisa Datafolha que mostrou que a 
popularidade da presidente Dilma despencou, atingindo a pior marca de um
 presidente da República desde Fernando Henrique Cardoso, em 1999. A 
avaliação do Dilma caiu de 42% de ótimo/bom em dezembro para 23%, 
segundo o levantamento. Por outro lado, 44% dos entrevistados disseram 
que o governo dela é ruim ou péssimo – em dezembro, eram 23%. (AE)
Fonte: Diário do Poder.
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