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quarta-feira, 9 de abril de 2014

Contagem regressiva! 'Arquivo Público do Distrito Federal'


As instituições públicas, em tese, devem servir ao público. E quanto mais próximo e ágil o atendimento, maior a economia de tempo, dinheiro e outros benefícios amplamente conhecidos. Tomemos aqui uma instituição que preserva a memória da cidade, informa sobre direitos civis do cidadão, colabora com a comunidade estudantil, etc. Em que pese sua finalidade, ela deve estar em local acessível e acessível também deve estar as informações ali depositadas. Os Arquivos Públicos têm essa peculiaridade e especificidade. Serem de fácil acesso ao público e disponibilizarem, dentro dos parâmetros legais, as informações que detém.

Brasília, que já foi vanguarda no que se refere a preservação de sua memória, hoje se encontra desmemoriada e desqualificada pela comunidade arquivística pelo simples fato de o Governo do Distrito Federal ter dado as costas uma instituição, outrora importante, como foi o Arquivo Público do Distrito Federal e de não indicar gestor qualificado que recolocasse o Arquivo no cenário nacional.

Em manchetes recentes de jornais locais e mídias nacionais, o aparvalhado superintendente afirmou absurdos incontestáveis e delirantes, como a criação da cidade Arquivopolis, o recolhimento de todos os arquivos do GDF ao ArPDF, a digitalização de seis milhões de documentos e outras fanfarrices mais.

Sobre a fantasmagórica cidade “Arquivopolis”, se sabe que é um prédio pertencente ao Judiciário, próximo ao Setor Noroeste, que a Casa Civil do GDF pretende alugar para instalar o Arquivo Público. Irônico, não fosse trágico, é que durante três anos e quatro meses não foi apresentado pelo GDF, Casa Civil e Arquivo Público nenhuma produção substancial, um relatório de atividades assertivo que indicasse propostas transparentes e mudanças concretas para o fortalecimento da instituição. A oito meses do término da gestão é inventada uma mudança de espaço físico sem planejamento, a toque de caixa, que desconsidera o resguardo e tratamento que o acervo demanda. Não há previsão de salas climatizadas, não há projeto arquitetônico, nada, absolutamente nada que indique uma ação pensada, planejada e transparente. E o mais importante, distante da população que deve servir.

Quanto as demais propostas, na próxima gestão será possível saber por meio de editais de chamamento e relatórios de auditorias, que cobrarão providencias sobre as incontáveis e sistemáticas fraudes ali perpetradas a titulo de modernização do órgão.

A falência do Arquivo Público foi decretada logo no início de 2011 pela tradicional arrogância petista e pela ávida escória em saquear bens públicos, sem que nenhum dirigente do atual Governo tomasse medidas saneadoras.

Lamentável que é a população tenha esperado tanto para ver uma transformação de fato no comando do GDF e hoje seja obrigada a contar as horas para seu término, que espera e vai trabalhar para que aconteça logo no primeiro turno.

Fonte: Desabafo de Vera Soares / Informando e Detonando.

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