A deputada Celina Leão (PDT) presidiu a audiência pública na Câmara Legislativa, na manhã desta segunda-feira (7), para debater a segurança dos jovens no Distrito Federal. O debate contou com a presença de estudantes, professores, representantes de entidades estudantis, como a UNE e a Umesb, além do Ministério Público do DF. “O DF é a quinta unidade da Federação com maior taxa de morte entre jovens e isso se deve a falta de políticas públicas voltadas à juventude”, afirma a deputada.
Estudantes que participaram da audiência pública relataram a sensação de insegurança que enfrentam, sobretudo nas áreas próximas às escolas. Segundo os alunos a freqüência dos assaltos é tamanha que já sabem que se trata de um trio de homens sendo um alto e magro outro baixo e um terceiro forte. “Fui assaltada na porta da escola, meus tios pagam segurança particular para minha prima, mas meus pais não têm condições e segurança é um direito que eu tenho, mas que infelizmente não é assegurado pelo Estado, por isso vivemos com medo’’, lamentou Yammona Martys, estudante do 1º ano do ensino médio.
“Estudo no CTN e minha escola é ótima tenho orgulho de estudar lá, mas a segurança é péssima e falta infraestrutura, os assaltos são rotina na porta da escola. Queria muito que isso mudasse”, revelou Jéssica aluna do ensino médio do CTN.
Celina Leão disse que vai encaminhar um ofício ao GDF cobrando providências imediatas. "Vamos solicitar à Secretaria de Segurança Pública que investigue se há uma quadrilha atuando nas redondezas da escola, para que atuem imediatamente no sentido de identificar e punir os responsáveis", ressaltou a parlamentar.
A deputada também pediu aos estudantes que enviem sugestões à Câmara Legislativa para ajudar a aperfeiçoar o plano distrital de juventude, que tramita na Casa. " Quando os bons cruzam os braços os maus tomam conta. Vocês são os protagonistas do controle social, por isso não se calem. O governo precisa garantir ensino de qualidade, escolas bem equipadas e que os alunos tenham respeitado o direito de ir e vir com segurança", orientou.
O professor Davi Silva Fagundes, criador do projeto "Adote um Distrital", assinalou que a juventude do DF é uma das mais violentas do Brasil “pela péssima referência da qualidade de vida desses jovens, que em sua maioria vivem em situação de vulnerabilidade, é preciso acompanhar a elaboração de políticas públicas pela Câmara Legislativa e sua execução pelo governo. Temos que saber em que nível as ações estão sendo aplicadas", observou.
Para a promotora de justiça adjunta, Cláudia Braga Tomelin de Almeida, que atua na Vara da Infância, na área de atos infracionais, a educação é o melhor antídoto contra a violência e os problemas da área de segurança. “Mais do que responsabilização nós buscamos a ressocialização, não adianta um espaço moderno sem uma equipe multidisciplinar especializada ”, opinou.
Já a promotora de justiça adjunta, Janaína Laudelina Bizerra, destacou a necessidade de o jovem se preocupar com a política. "É bonito e inspirador ver que jovens estão preocupados com os rumos que nossos governantes vêm tomando. Há um fenômeno de desinteresse que é mundial, mas temos de combatê-lo", declarou.
Fonte: Ascom da Deputada Distrital Celina Leão (PDT) por Irene Oliveira.
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