PM só poderá devolver pen drives customizados se chegarem com defeito
A não ser que a Polícia Militar reprove a qualidade dos itens, não há
como cancelar a compra dos 6 mil pen drives customizados. A corporação
realizou licitação para adquirir os dispositivos de armazenamento de
dados em forma de viaturas e da logomarca da polícia ao custo de quase
R$ 122 mil, como mostrou reportagem do Correio publicada na edição de
ontem. De acordo com o Departamento de Logística e Finanças (DLF) da PM,
o edital selecionou a empresa com melhor preço para compra imediata. Os
brindes de luxo deverão ser distribuídos em eventos e homenagens na PM.
“Legalmente, o único motivo para a compra não ser feita é se a empresa
não entregar os produtos de acordo com as especificações”, explicou o
chefe do DLF, coronel Alexandre Correia. Segundo ele, todos os processos
de compra dentro da polícia são analisados pela área jurídica da PM e
também por órgãos de controle externo, como o Tribunal de Contas do DF.
O resultado do certame, do qual a empresa Geral Atacadista de Porto
Alegre saiu vencedora, foi homologado no último dia 14 e publicado no
Diário Oficial do DF no dia seguinte. A partir de então, a fabricante
tem 40 dias para entregar a encomenda.
A R$ 21 a unidade, os pen drives encomendados comportam 4GB em dados. A
corporação exigiu fabricação em material acrílico, com acabamento
resinado e à prova d’água. Metade do lote comprado é em formato de
reprodução da viatura. Os dispositivos custaram quase R$ 62 mil. Os
outros 3 mil itens replicam a marca da PMDF e sairão por R$ 60 mil.
A justificativa para a compra dos brindes, de acordo com o edital, é de
que os produtos fortalecerão a “marca da instituição junto aos seus
membros, colaboradores e corporações coirmãs”, além de outros órgãos
públicos e privados da capital. Este ano, outros processos de compras,
como capas de chuva para a Copa do Mundo e teasers com defeito, causaram
constrangimentos à força de segurança.
Opinião do internauta
Confira o que os leitores comentaram no site sobre a reportagem relacionada à compra dos pen drives pela PM:
Wellington Santos
“Não faltou só racionalidade no uso dos recursos. Faltou respeito à
população. Essa história está igual ao caso das capas de chuva
superfaturadas. Alguém está ganhando aí.”
Michael Queiroz
“Improbidade administrativa. Fato!”
Daniel Araújo Silva
“De novo!”
John Maycon Silva
“Que belo país! Mais e mais dinheiro público descendo pelo ralo.”
Marcos Ferreira
“Um mar de munições, patinetes, capas de chuva superfaturadas em época
de seca, peças de viaturas superfaturadas, mudança de uniformes e,
agora, pen drives. O TCDF tem que apurar esses desmandos.”
Fonte: Ariadne Sakkis - Correio Braziliense
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