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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Raad Massouh pode ser o terceiro deputado distrital a ter o mandato cassado na história política do DF


Caso o mandato do deputado distrital Raad Massouh (PPL) seja oficialmente cassado pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), o parlamentar será o terceiro da história política da capital federal. Nesta quarta-feira, 17, por 4 votos à 1, a Comissão de Ética da Casa aprovou proposta da Corregedoria para abertura de processo contra Raad.

Ele teve o mandato cassado em julho de 2011 pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal por gastos ilícitos de campanha e arrecadação irregular de recursos. No início de 2012, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu manter o mandato de Massouh. Na época, Raad disse que era inocente e que se o processo contra ele fosse aberto na Comissão de Ética, ele queria que as testemunhas fossem ouvidas. “Após dois anos essa é a primeira oportunidade que tenho de falar. Quero ter o mesmo tratamento que foi dado a outros deputados que tiveram o mesmo caminho. Quero que as testemunhas sejam ouvidas aqui. Não quero dois pesos e duas medidas”, afirmou.

E ainda tem mais - A CLDF cassou em 2004 por 13 votos a favor, três foram contra e cinco abstenções, o mandato de Carlos Pereira Xavier que perdeu os direitos políticos até 2014. Aos 42 anos, ele só poderá disputar novamente uma eleição no Distrito Federal em 2018.

O ex-parlamentar eleito com 7.804 votos, estava no terceiro mandato e entrou para a história não só como o primeiro deputado distrital cassado, mas sim por ser o único a ser indiciado e denunciado por assassinato, num processo aberto por unanimidade pelo Conselho Especial do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDF).

Após seis anos, a CLDF cassou o mandato da deputada distrital Eurides Brito (PMDB), flagrada colocando dinheiro na bolsa durante investigações que deu origem à Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. Eurides, que na época conseguiu na Justiça uma liminar para que a votação fosse secreta, não compareceu à Câmara.

A ex-deputada teve seu mandato cassado por 16 votos a favor, 3 contra e 3 abstenções. Ela era processada por quebra de decoro parlamentar. Foi a primeira cassada entre os oito parlamentares investigados de participação no esquema de corrupção chamado de “Mensalão do DEM”.

Fonte: Guardian Notícias - Por Nayara Ribeiro

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