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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Fiscalização: Tribunal de Contas aponta irregularidades em obra do Novo Terminal Rodoviário


Ao analisar os projetos comparar com os produtos entregues, auditores do Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) chegaram a uma série de irregularidades na construção do Novo Terminal Rodoviário de Brasília.

Entre os problemas, a auditoria notou uma redução da quantidade e da qualidade dos elementos previstos no Projeto Básico e detalhados no Caderno de Encargos e Especificações.

A saber: O relatório revela, por exemplo, que no Projeto Básico foram previstos 26 sanitários e 20 lavatórios no banheiro feminino, mas só existem 20 sanitários e 14 lavatórios.

No banheiro masculino, eram pra ser 18 lavatórios, 14 sanitários e 19 mictórios, mas só há 14 lavatórios, 16 sanitários e 10 mictórios. Em ambos banheiros, as divisórias utilizadas não atenderam às Especificações Técnicas que previam a utilização de granito, tampouco as ferragens instaladas observaram a previsão de metal cromado.

A área de espera deveria ter 350 assentos, mas foram instalados aproximadamente 160. Na praça de alimentação, apesar dos 180 lugares previstos, existem 122. A parte comercial, que possui 18 lojas, era pra ter 33. Os quatro jardins internos previstos no Projeto Básico e no Memorial Descritivo do Caderno de Encargos e Especificações para criar um ambiente agradável não existem. O deck que avançaria sobre o espelho d’água e ofereceria uma área para observar a movimentação de ônibus e passageiros na plataforma foi excluído.

O número de vagas do estacionamento público foi reduzido em aproximadamente 70%. O Projeto Básico previa 204 vagas gratuitas e foram disponibilizadas apenas 55.

Além disso, os técnicos apontaram a inexistência da comissão de três engenheiros da Secretaria de Obras prevista para fazer a fiscalização da construção; a ausência dos relatórios de acompanhamento da obra; produtos e serviços da área comercial inadequados às necessidades dos usuários; não atendimento pleno das normas de acessibilidade; falta da Carta de Habite-se e ausência de documentos que forneçam o valor real gasto pelo Consórcio Novo Terminal para a construção.

Diante dos achados,o TCDF deu um prazo de 30 dias para que a Secretaria de Obras e o Consórcio Novo Terminal apresentem as justificativas para as irregularidades apontadas.

A estimativa é de que o Novo Terminal tenha custado R$ 54.054.972,61.

Fonte: Blog da Lilian Tahan Com informações da Assessoria de Comunicação do TCDF

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