Reportagem
de VEJA desta semana revela que relatório com denúncia será entregue ao
procurador-geral da República. Filho do ministro de Minas e Energia,
senador Edison Lobão Filho, também está envolvido no caso
AMIGÃO - O deputado federal Eduardo Cunha: até nove conversas por dia com Magro - sempre sobre os negócios |
Está para chegar às mãos do procurador-geral da República, Roberto
Gurgel, um documento de 35 páginas que traz à luz uma história
estarrecedora. Trata-se de um relatório secreto da Polícia Civil do Rio
de Janeiro escrito dias depois da súbita interrupção das investigações
que apuravam o tráfico de influência do deputado federal Eduardo Cunha
(PMDB/RJ) e do filho do ministro de Minas e Energia, senador Edison
Lobão Filho (PMDB/MA), em prol de um esquema milionário de sonegação
fiscal. Ele era operado, segundo a polícia, pelo empresário Ricardo
Magro, dono da refinaria de Manguinhos, na Zona Norte carioca.
O relatório, ao qual VEJA teve acesso, mostra que, por oito meses, a
polícia seguiu, filmou e grampeou essas e outras dez pessoas na órbita
de Magro. Os investigadores flagraram conversas comprometedoras e até
encontros em viagens e shows, que não deixam dúvida sobre o estreito elo
entre os dois políticos e o empresário. O material subsidiou um
inquérito contra o grupo que está agora sob análise do Supremo Tribunal
Federal. Tal investigação seguiu de vento em popa até 2009, quando de
repente paralisou. Não havia mais como avançar. De uma hora para outra,
os suspeitos não se falaram mais ao telefone. A polícia já sabe o
motivo: o grupo foi alertado sobre o grampo pelo então procurador-geral
do Ministério Público (MP) do Rio, Cláudio.
Fonte: Veja.com
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