A eleição do corregedor na Câmara Legislativa pode complicar a situação
do distrital Raad Massouh (PPL), contra quem existe um pedido de
cassação de mandato. Depois de consultar o documento, o novo ocupante do
cargo, deputado Patrício (PT), pretende encaminhar ao Ministério
Público do DF e Territórios (MPDFT) uma solicitação de acesso aos autos
da Operação Mangona — realizada no fim do ano passado por promotores e
por policiais civis, ela teve Raad como um dos alvos.
Raad Massouh não demonstra preocupação quanto ao pedido de cassação que corre
contra ele na Câmara Legislativa nem em relação à investigação em curso
no MPDFT. “Eu quero que a justiça seja feita. Estou tranquilo”,
salientou. Ele próprio votou em Patrício para corregedor e acredita que o
colega fará um bom trabalho. “Acredito na apuração que será feita”,
resumiu. O deputado lembrou que foi responsável pela liberação da emenda
ainda no governo passado, em 2010, e que a responsabilidade pelo
acompanhamento da execução era do administrador regional de Sobradinho,
que, à época, era Carlos Augusto de Barros.

Ao receber os documentos, o órgão fará uma análise preliminar do que
for apresentado e analisará o pedido de cassação. A partir daí, buscará
evidências suficientes para sugerir o andamento ou o arquivamento do
processo. No entanto, a decisão final fica com o presidente da Comissão
de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar.
Cabe a ele definir se o processo será votado em plenário. E, nesse
ponto, há uma questão curiosa. Até o momento, o nome apresentado para
presidir a comissão é do deputado Dr. Michel (PEN). Delegado de polícia,
ele é adversário direto e disputa a mesma base eleitoral do distrital
do PPL — região Norte do DF. A definição do comando dessa e das outras
áreas temáticas está marcada para a próxima semana.
Fonte: Correio Braziliense - Por Almiro Marcos
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