O Diretório Nacional do PPS se reuniu na manhã desta quarta onde discutiu a situação do secretário de Justiça, Alírio Neto. De acordo com o presidente do partido, deputado federal Roberto Freire (SP), o PPS vai contestar na justiça as alegações sobre perseguição feitas pelo secretário. “O pedido de rompimento de governo envolvido com corrupção não configura mudança pragmática do PPS”, disse o deputado. O partido ainda não recebeu a informação oficial do TRE sobre o pedido de Neto.
"Estou no PPS há 20 anos e desde 2002 eu me sinto totalmente excluído do partido. Em 2007 relatei a primeira vez que havia problemas e, desde então, eu não entro em propagandas, a legenda não me ajuda com material de campanha e isso, para mim, já virou perseguição", afirmou Alírio Neto ao G1.
Freire informou que o partido pediria as duas cadeiras ocupadas pelos distritais na Câmara caso eles decidissem pedir a desfiliação da legenda. Atualmente, as vagas são ocupadas por Cláudio Abrantes e Luzia de Paula, que assumiu o lugar de Alírio Neto, licenciado para assumir cargo no governo do Distrito Federal.
O secretário afirmou que “quem mudou a forma de agir foi o partido, pois o PPS era da base do governador e decidiu ser da oposição”.
Segundo Neto, consta no pedido apresentado junto ao Tribunal que há precedentes na Justiça de casos de parlamentares que deixaram os respectivos partidos ou trocaram de legendas e não perderam os mandatos.
Para o cientista político e pesquisador da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Flávio Testa, o mandato ficará com Alírio Neto e o PPS irá perder a cadeira na Câmara. “A legislação é flexível. É dito que o mandato pertence ao partido, mas se for comprovado assédio ou perseguição sobre um parlamentar, ele pode pedir para sair do partido e manter o mandato. Vai depender dos argumentos apresentados pelo secretário”, disse.
Embate
Os problemas entre o PPS e o PT no Distrito Federal começaram, segundo o presidente da sigla, Roberto Freire, “em virtude das inúmeras acusações contra Agnelo Queiroz”. "Este suposto envolvimento dele [Agnelo] com o grupo de Carlinhos Cachoeira foi decisivo para o partido entender que o melhor é deixar o GDF", afirmou o parlamentar.
O contraventor foi preso em fevereiro pela Polícia Federal suspeito de chefiar uma quadrilha de exploração ilegal de jogos em Goiás. Uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) foi instalada no Congresso Nacional para apurar as relações entre o bicheiro e grupos políticos e de empresários.
O governador negou em diversas oportunidades ter envolvimento com Cachoeira e disse ser “vítima” neste caso, pois afirma que o grupo de Cachoeira “armou” para derrubá-lo. Agnelo Queiroz depõe nesta quarta-feira (13) na chamada “CPI do Cachoeira”, o que ele afirma ter sido uma convocação “injusta”.
Para o secretário de Justiça, o PPS-DF está sob ataques da direção nacional. "Há outros governadores citados em gravações da Polícia Federal, mas somente no Distrito Federal houve intervenção. Nos outros estados não fizeram nada", disse Alírio Neto.
Fonte: Informações do G1.
Estação da Notícia por Honorato - Da redação em 12/06/2012 18:16:09
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