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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A MÁQUINA DO CRIME: A HISTÓRIA SE REPETE

O governador do Distrito Federal  Agnelo Queiroz e o vice Tadeu Filipelli começaram o ano metendo os pés pelas mãos. 


Cometeram um crime ao armar uma operação usando a Polícia Civil  do DF com a intenção de fazer  busca e apreensão na casa do jornalista Edson Sombra, com o intuito de apreender todo o material da Caixa de Pandora que envolve  grandes empresários e políticos do DF, inclusive o próprio governador Agnelo.

O jornalista Edson Sombra é fiel depositário, junto com o Ministério Público Federal, de todo o material do inquérito da Caixa de Pandora que será julgado pelo Supremo Tribunal Federal ainda este ano. 

Agnelo tinha também a intenção de achar “alguma coisa” contra o jornalista para desmoralizá-lo e desqualificá-lo como principal testemunha de Durval Barbosa, o delator do Mensalão do DEM, responsável por desencadear o inquérito da Caixa de Pandora.

O jornalista tem uma empresa de turismo que não está em atividade, mas ainda registrada, junto ao GDF, em sua casa. Aproveitando-se disso, o Governo montou a operação  para se apropriar dos documentos da Pandora e denuncias contra o próprio GDF. 

No dia 18 de janeiro, agentes estavam fazendo o levantamento da área em torno da residência do jornalista e foram flagrados pelas câmeras de segurança da casa.

No dia 19 , Edson Sombra  desmontou a falsa operação contra ele ao se dirigir a Delegacia de Ordem Tributária e identificar os arapongas filmados.

O delegado informou ao jornalista que havia uma denuncia anônima de que ali funcionava uma empresa irregular.

Edson Sombra procurou o diretor da polícia Civil do DF, Onofre Moraes, que negou a sua participação no esquema. Mas o jornalista conseguiu mostrar o envolvimento do Diretor e da máquina do Estado a serviço do crime. E revelou ter uma gravação onde Onofre tenta corrompê-lo por R$ 150 mil mensais.

A revelação foi feita no último dia 24 de janeiro, no Departamento de Polícia Federal. Na Diretoria de Inteligência Policial, através de termo de Declarações prestado por Durval Barbosa.

Os R$ 150 mil mensais propostos pelo Diretor da Polícia Civil do DF, Onofre Moraes, para Edson Sombra seria  para “ não expor matérias depreciativas contra o Governo do DF, beneficiando desta maneira tanto o Governo atual quanto aos pretéritos: QUE o declarante afirma que Sombra fez o registro de áudio e vídeo sobre esta proposta financeira feita pelo Diretor Geral da Polícia Civil do DF.”

Em dezembro passado, a contra-inteligência do GDF procurou o Quidnovi para dizer que todos os integrantes do site estavam sendo monitorados e que uma operação envolvendo dinheiro seria desencadeada para desmoralizar o site ou alguém próximo e citou como exemplo o jornalista Edson Sombra.

A fonte revelou ainda que uma empresa de São Paulo teria sido contratada pela Polícia Civil para monitorar os jornalistas e blogueiros, já que o Quidnovi denunciou no ano passado o aparelho repressor – True Safaty – empresa do delegado Celso Ferro e do ex- agente do ABIN, coronel Acir Pitanga.

Após ter seus interesses financeiros atingidos e ter perdido todos os clientes, Celso Ferro criou agora um blog apócrifo onde inventa verdades para tentar denegrir aqueles que o denunciaram.

O vice-governador Tadeu Filipelli também escolheu os jornalistas Edson Sombra e Mino Pedrosa como alvos de outra armação envolvendo dinheiro. Escalou o seu fiel escudeiro de nome “Lucas” , acostumado a recolher dinheiro nas estatais para repassar a empresários e políticos  como pagamento de propinas, para  forjar um flagrante na residência de Edson Sombra. 

O jornalista conhece “Lucas”, mas não se encontram há algum tempo. “Lucas” seria flagrado com o dinheiro de fornecedores da CEB dentro da casa de Sombra.

É bom lembrar que o ex-governador José Roberto Arruda só foi para cadeia porque tentou armar pagamentos de propina para o jornalista Edson Sombra num esquema semelhante ao que acontece agora, utilizando-se também da máquina do Estado através da Polícia Civil. 

Arruda teve a Polícia Federal acompanhando toda a armação, o que acabou lhe colocando atrás das grades.

O procurador da República Roberto Gurgel pediu à Polícia Federal para designar um delegado para cuidar especialmente  do caso de Agnelo, Filipelli e Sombra. O mesmo Gurgel que levou Arruda para a cadeia.

Fonte: Quid Novi por Mino Pedrosa

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