sexta-feira, 8 de junho de 2012

PERIGO NO JULGAMENTO DO MENSALÃO 'AUGUSTO CARVALHO'

 
Ao se despedir da Câmara dos Deputados, substituído pelo retorno de dois ex-secretários do Buriti, o deputado brasiliense Augusto Carvalho (foto) manifestou seu temor de que o julgamento do mensalão seja retardado ou paralisado por chicanas. “Se esse processo só for julgado em determinado momento, dois Ministros estarão aposentados, e a escolha dos substitutos dará margem àquela discussão: será que o Palácio do Planalto tem a ver com algum voto que será dado por esses novos Ministros?”, registra Augusto.

Reações dos ministros - Augusto Carvalho recebeu informações de que empenho do presidente Ayres Britto em um julgamento mais rápido não vem sendo bem compreendido por seus pares. Ayres Britto sugeriu que o Supremo Tribunal Federal trabalhe em julho e que adote um ritmo mais acelerado nas sessões. Entretanto, observa o deputado, outros ministros discordaram da sugestão, alguns por motivos de saúde, outros por considerarem inaceitável o novo ritmo.

Risco de chicana - Mesmo que o Supremo não trabalhe na velocidade proposta pelo ministro Ayres Britto, Augusto espera que “ao menos não haja uma chicana,  verdadeira afronta ao povo brasileiro, que espera a decisão, qualquer que seja ela”. Para o deputado, “os ministros devem proferir a sua decisão ainda neste ano, antes, portanto, de prescreverem certas penas, o que poderia isentar alguns dos responsáveis”. 

Demora tem nome - A verdade é que todos no Congresso estão convencidos de que os esforços para retardar o julgamento do mensalão tem nome e endereço. O único interessado com força suficiente para desencadear a onda de pressão pela demora no julgamento – com direito à ação do ex-presidente Lula – é o ex-ministro José Dirceu. Estão convencidos também de que, no balanço das posições no Supremo, os ventos sopram contra ele. 

Buriti insatisfeito com bancada - Por trás do envio dos secretários Geraldo Magela e Paulo Tadeu ao Congresso está uma insatisfação do governador Agnelo Queiroz com a condução das questões relativas ao Distrito Federal no Congresso. Não, o problema não está na sua equipe de relações institucionais. Está em especial na bancada brasiliense. Agnelo acha que não contou com uma articulação eficiente no momento em que precisava.

Contas indicam sete a quatro - Dos oito deputados da bancada do Distrito Federal, seis são aliados do governador. No Senado, a relação se inverte. Dos três senadores, o Buriti conta com um. Mesmo assim, são sete parlamentares federais. A chegada de Geraldo Magela e Paulo Tadeu não muda a equação, mas Agnelo acredita que haverá maior capacidade de articulação. Afinal, bastaria que se mudassem dois votos dos integrantes da CPMI para evitar a convocação de Agnelo.

Fonte: Eduardo Brito / Do Alto da Torre / Jornal de Brasília 
Blog Rádio Corredor por Odir Ribeiro

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